quarta-feira, 25 de maio de 2011

Reflexão de Cazcovas


As paredes me sufocam à medida que eu tomo consciência de mim e de um mundo de absurdos lá fora.
“Infinitas possibilidades, basta acreditar e você terá.” Me diz o novo Best-seller da auto-ajuda. Não o comprei, li na livraria mesmo. Li talvez só pra falar mal depois. Auto-ajuda e Auto-engano pra mim são coisas muito parecidas.
E me vem aquele convite: “Vamos sair hoje! Vai ser massa!”.
Ah! Os amigos. Sempre lá, para beberem conosco, nas alegrias da farra, nas dores de amor, de cotovelo, dores de chifre e até de morte.
Vou com eles, mas essa festa não é pra mim hoje. Abro a carteira. Um calendário de seis anos atrás (lembrança de meu avô), uma poesia bêbada em papel amassado, um número de telefone de uma mulher que conheci não sei onde, nem quando, nem mesmo por que. Deve ser bonita, ou não, realmente não lembro. E dinheiro, dinheiro de uma cerveja, que pelo menos deve estar gelada.
A minha liberdade parece que se casou com a economia, e corta minhas asas quando não me encaixo nos moldes ou sempre que estou sem grana. Acendo um cigarro e no meio da fumaça reflito: “Putaquipariueutôfudidomesmo!”

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